6 animais pré-históricos vivendo nos dias de hoje

São chamados fósseis-vivos as espécies que tem mesma estrutura que seus fósseis encontrados a milhões de anos atrás, o que quer dizer que não sofreram nenhuma mutação que seja. E, além disso, essas espécies não tem nenhum parente ou antecedente conhecido.

É importante saber também que essas espécies sobreviveram a adversidades tremendas e eventos catastróficos do meio-ambiente, e, por isso, ganharam o título de fósseis-vivos. Não há como ver um organismo atravessar tanta coisa sem mutar e não se impressionar. Boa leitura.

1. Tubarão-cobra (Chlamydoselachus anguineus)





- Essa espécie horrenda pois a primeira nadadeira defeituosa na água há 80 milhões de anos atrás. E desde lá não pára de aterrorizar pequenos peixes do fundo do mar.

- Ele vive em profundidades que vão de 600 a 1500 metros, onde não há luz e a pressão é enorme, sendo que um mergulhador profissional (sem equipamentos especiais) chega a no máximo 200 metros.



- Seus dentes são em formato de tridentes pequenos e finos, mas extremamente afiados. Apesar de sua aparência de corcunda-de-notre-dame depois de uma surra, ele consegue se dar bem na caça em águas profundas.

- Pensava-se que esse tubarão estava extinto até 2007. O que me faz pensar que se uma espécie de 80 milhões de anos estava “escondida” por aí, o que mais não vai sair lá do fundo do mar? Medo.



Curiosidade:

Em um raro acontecimento, alguns mergulhadores japoneses acharam um Tubarão-cobra em águas rasas, provavelmente em busca de alimento, o que não foi uma boa idéia.



Por causa da temperatura muito mais alta e da baixa pressão da água, o tubarão morreu horas depois de ser encontrado. O tubarão pré-histórico parece ter saído diretamente de um filme de terror de baixo orçamento, porque do jeito que ele se movimenta parece uma produção mal feita. Veja o registro:









2. Panda vermelho (Ailurus fulgens)


Porra é essa?

- Esse mini-ursinho (veja quão diminuto é esse adjetivo) de 1,20cm e seus parentes andam pela Terra há 25 milhões de anos.

- Ele é o único representante da subfamília Ailurinae da família dos guaxinins, apesar de ser associado com a familia dos ursos e pandas gigantes.



- Seu estômago é simples e sem ceco, característica dos carnívoros, mas ele se alimenta de folhas, raízes, frutos e até insetos. Se ele já foi carnívoro, é um mistério.

- A população desses animais é de 2,500 indivíduos maduros. Apesar disso aldeões chineses ainda usam sua pele para fazer roupas, o que não ajuda muito na preservação da espécie.



Curiosidade:

Esse simpático Panda também é conhecido nos EUA como “Fire Fox”.



Se você viu a foto e lembrou do logo do navegador “Mozilla Firefox”, acertou em cheio. A “raposa” no logo do navegador é homenagem a esse animalzinho dorminhoco que chega a tirar cochilos de até 15 horas.








3. Límulo (Limulus polyphemus)


Porra é essa?

- É o representante do mais antigo grupo animal que habita a terra, os Merostomata, que surgiram de 200 a 300 milhões de anos atrás, antes até que os dinossauros. Ele não tem qualquer relação com a Dercy Gonçalves.

- O límulo tem o sangue azul devido a alta concentração de hemocianina cuprosa ao invés de hemoglobina ferrosa, como nós humanos.



- Apesar de também ser chamado de “carangueijo-ferradura”, essa espécie está mais próxima das aranhas e dos escorpiões do que dos carangueijos.

- Eles tem a habilidade de regenerar seus membros perdidos, assim como as estrelas-do-mar fazem.

- Eles podem chegar até 51cm e se parecem realmente com ferraduras de cavalos quando vistos de cima.



Curiosidade:

Esses animais anciões são extremamente valiosos para a ciência. Desde de 1964, uma substância no sangue do Límulo chamada LAL (Limulus Amebocyte Lysate, em inglês) vem sendo testada na cura de várias doenças causadas por bactérias.



A vida de um único Límulo para extração de sangue periódicas pode valer até 2.500 dólares. Sabia que tinha dinheiro envolvido pra bicho viver tanto.







4. Rã Roxa (Nasikabatrachus sahyadrensis)


Porra é essa?

- É uma espécie descoberta em 2003 e, depois de estudos, foi comprovado que anda por aí faz mais de 100 milhões de anos. Não é que acharam que ele estava extinto, ele realmente foi descoberto em 2003.

- A rã tem uma cor roxa clara quando pequeno e roxa escura quando adulto. Cor super normal, viu, fácil de deixar escapar. Acho que esse foi o jeito do sapo dizer: “Ei estou aqui, olhe pra mim, sou roxo!”



- A razão da existência dessa rã ter escapado dos olhos dos biólogos é bem simples: ela vive no subsolo e só emerge para acasalar. Pense duas vezes antes de fazer uma piscina na sua casa, você não vai querer achar uma criatura pré-histórica no seu jardim.

- O som que ele emite é como o som de uma galinha. Bem (…pausa…), aparentemente ele faz “co-có”, o que é bem estranho. Mas você pode comprovar no vídeo.



Curiosidade:

Em 2003, na ocasião da descoberta do sapo do narizinho, biólogos do mundo inteiro tiveram um orgasmo coletivo. Pelo menos os que estudam anuros. Veja a pequena rã gelatinosa, não parece uma Geleca (alguns podem conhecer como amoeba)?



Através de estudos e analises de DNA, puderam saber mais sobre a evolução dos sapos/rãs dos dias de hoje. Será que o elo perdido do homem está no subsolo também? E se ele for roxo?







5. Bicho-pau da Ilha Lord Howe (Dryococelus australis)


Porra é essa?

- Ele é considerado o inseto mais raro do mundo e coexistiu com os dinossauros no período jurássico, cerca de 200 milhões de anos atrás. Ele é de uma ilha da Austrália, o que não é surpresa uma aberração vir de lá.

- Ele tem um comportamento totalmente diferente para um inseto: machos e fêmeas vivem juntos, sendo que o macho segue a fêmea em todas suas atividades, e eles até dormem juntos. Muito fofo e tal, mas eu não confio em insetos monogâmicos.



- Ele pode atingir até 15cm de comprimento e 1,5cm de largura, que é um tamanho muito perturbador para um inseto.

- Quando pequeno ele é verde e ativo durante o dia, mas quando adulto ele fica preto e tem hábito noturno. E é aí que o perigo mora.



Curiosidade:

O Bicho-pau da ilha Howe era considerado extinto até 1930 por causa da introdução de ratos no local, mas reapareceram milagrosamente em 2001 em outra ilha lá por perto.



Na ocasião a população era de apenas 20-30 indivíduos adultos dessa espécie, mas depois que ambientalistas reproduziram o inseto em cativeiro, a população total chegou a cerca de 450 indivíduos, e estão sendo aos poucos reintroduzidos na Ilha Howe.






6. Lula-vampira (Vampyroteuthis infernalis)


Porra é essa?

- O nome científico parece uma brincadeira de mal gosto, pra que dar o nome de “Vampire squid from hell” (Lula vampira do inferno) a algum bicho? Pois essa merece: ela tem tentáculos pretos e espalmados que lembra a capa do Drácula, e olhos azuis.

- Ela mora juntinho do tubarão-cobra (primeiro da lista): lá no fundo do oceano. E que os dois permaneçam lá, constituam família, e morram velhinhos assustando toda a vida marítma do oceano.



- Por causa de seus filamentos sensoriais retráteis, elas ganharam sua própria ordem: Vampyromorphida.

- Dividem similaridades com as lulas e com polvos, apesar de não ser nem um, nem outro.



Curiosidade:

Ela não consegue mudar de cor como a lula e o polvo, mas sabe fazer algo muito mais legal. É uma habilidade única para animais marítmos chamada bioluminescência, que é basicamente a habilidade de produzir luz.



Mas ela não só brilha (como faz por exemplo o vagalume), ela tem controle total sobre todo o corpo, por ter filamentos em toda sua extensão, e consegue até aumentar ou diminuir a intensidade da luz. Essa habilidade pode confundir seu predador ou hipnotizar sua presa.




Fonte: O Verso do Inverso







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